Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa realizada entre outubro e novembro de 2024 com tutores de animais de estimação, com o objetivo de levantar dados para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) dos alunos do 5º semestre. A pesquisa, focada no tema "Animais e Tecnologias", buscou compreender a percepção dos tutores sobre seus pets, suas preocupações com a perda e os métodos utilizados para identificação. O estudo garantiu a privacidade e o anonimato dos participantes, que consentiram livremente em contribuir com dados para fins educacionais e estatísticos.
A pesquisa contou com a participação de 58 indivíduos na etapa inicial de consentimento, dos quais 96,6% autorizaram a execução do trabalho e a divulgação dos dados. Das 56 respostas sobre a posse de animais de estimação, 69,6% afirmaram ter pets, enquanto 30,4% não os possuíam.
Quando questionados sobre suas informações demográficas (total de 39 respostas) , a faixa etária mais representativa foi de 25 a 34 anos (38,5%) , seguida por 19 a 24 anos e 35 a 44 anos (ambas com 20,5%). Em relação ao gênero, houve um equilíbrio, com 51,3% de participantes femininos e 48,7% masculinos. Quanto à escolaridade, a maioria (59%) possuía ensino superior, e 33,3% ensino médio.
No que tange aos animais de estimação, o cachorro foi a espécie mais comum, representando 71,8% dos pets, seguido por gatos (35,9%) e pássaros (10,3%). A idade predominante dos pets foi de 3 a 6 anos (56,4%) , com 30,8% dos animais tendo até 2 anos. Em relação ao porte, a maioria dos pets era de porte pequeno (66,7%), e 38,5% de porte médio. A raça mais citada, entre 33 respostas, foi "Não sei" ou "Sem definição" (12,1%) , enquanto outras raças como Poodle e Vira Latas também foram mencionadas.
Um dado significativo da pesquisa revelou que 94,9% dos participantes consideram seu pet um membro da família. Essa forte ligação afetiva se reflete na importância atribuída aos animais, com 97,4% dos tutores afirmando que seus pets são "Muito" importantes para eles.
A pesquisa também abordou a experiência dos tutores com a perda de seus animais. Do total de 39 respostas, 48,7% já haviam perdido um pet alguma vez. Dentre os que perderam (23 respostas), cachorros foram os mais citados (69,6%) , seguidos por gatos (34,8%).
Em caso de perda, as principais formas de tentativa de recuperação seriam as redes sociais (84,6%) , procurar pessoalmente (69,2%) , e a utilização de cartazes ou recompensa (ambos com 53,8%). As maiores preocupações em perder o pet foram: não encontrar o animal (94,9%) , encontrá-lo sem vida (64,1%) , encontrá-lo machucado (51,3%) e encontrá-lo maltratado (43,6%).
Sobre os métodos de identificação utilizados, 46,2% dos tutores usam coleira com nome e telefone , e 35,9% não utilizam nenhum método. Outros métodos menos comuns incluíram plaquinha com nome e telefone (15,4%) , microchip subcutâneo (12,8%) , plaquinha com QR Code (5,1%) e Airtag Apple (2,6%).
A pesquisa investigou a disposição dos tutores em investir em produtos de identificação/localização para seus pets. Dos 39 respondentes, 43,6% consideram adequado um valor entre 50 e 99 Reais , enquanto 25,6% não têm um valor definido ("Não tem preço!").
Os resultados desta pesquisa evidenciam a profunda conexão emocional entre os tutores e seus animais de estimação, onde os pets são amplamente considerados membros da família. As preocupações com a perda são elevadas, com destaque para o medo de não encontrar o animal. Embora a utilização de métodos de identificação básicos seja comum, a pesquisa aponta para uma lacuna na adoção de tecnologias mais avançadas. No entanto, há uma abertura significativa dos tutores para investir em produtos de identificação/localização, o que sugere um campo fértil para o desenvolvimento e a implementação de soluções tecnológicas que visem a segurança e o bem-estar dos animais de estimação.
Publicado em: 15/06/2025